Para a Polícia, não há dúvidas quanto ao trágico fim do mistério. No entanto, caberá à Perícia Forense a confirmação da identificação da vítima através de exames de DNA
Terminou de forma trágica o mistério em torno do desaparecimento ou rapto da menina Débora Lohany de Oliveira, 4 anos de idade, que havia desaparecido de sua residência, no bairro Aerolândia, na noite do último dia 27. Na manhã desta sexta-feira (7), o corpo dela foi encontrado debaixo de uma pedra, sobre um monte de lixo, na Avenida Almirante Henrique Sabóia, a Via Expressa, próximo À Avenida Pontes Vieira, ao lado do Parque Ecológico do Cocó.
Segundo a Polícia, por volta de 7h30 a Coordenadoria Integrada de Operações de Segurança (Ciops) recebeu via 190 uma ligação anônima, informando que havia um forte mau-cheiro no local e provavelmente uma pessoa estaria morta debaixo de pedaços de madeira e de uma pedra. Logo, foram acionadas viaturas do Ronda do Quarteirão e do 8º BPM.
Chinelos
Em entrevista por telefone ao cearanews7.com.br, o comandante da 3ª Companhia do 8º BPM, major PM Hideraldo Bellini, informou que determinou o imediato deslocamento de um oficial de sua unidade para averiguar a situação. Para lá foi mandado o tenente Leonardo. Este relatou ao major que o corpo seria de uma criança do sexo feminino, mas que devido ao adiantado estado de decomposição, não seria possível a identificação visual.
No entanto, conforme Bellini, a criança estaria usando chinelos róseos. “Exatamente seriam os que ela usava quando desapareceu”, afirmou o oficial se referindo à pequena Débora Lohany. “O local onde o corpo foi encontrado fica exatamente dentro daquele quadrado (do perímetro) em que ela desapareceu e onde foram realizadas buscas”, completou.
Embora para a Polícia não haja praticamente mais nenhuma dúvidas quanto à identificação da criança, pelos vestígios encontrados no local, somente um exame de DNA a ser realizado na Perícia Forense do Estado (Pefoce) dará o resultado conclusivo sobre a identificação da vítima.
O caso
A menina Débora Lohany de Oliveira sumiu na noite do último dia 27 de março enquanto brincava na calçada de sua residência, na Rua Alecrim, na Aerolândia. Durante quatro dias seguidos as autoridades fizeram buscas no bairro, estendendo as diligências ao mangue do Parque do Cocó. Bombeiros, policiais militares, voluntários se revezaram na procura pela pela criança. Barbos e helicópteros também foram utilizados.
Cessadas as buscas, o caso passou a ser investigado em sigilo pela Polícia Civil, através da Delegacia de Combate aos Crimes de Exploração da Criança e do Adolescente (Dececa), com o apoio do Departamento de Inteligência Policial (DIP). Familiares e suspeitos foram ouvidos, um retrato-falado de um suposto raptor foi elaborado, mas o mistério persistiu. Até que na manhã de hoje veio a informação e constatação da presença do corpo que, supostamente, pode ser o da pequena Débora.
(Via Ceará News)