A escoliose é muito comum, mas existem casos mais graves em que apenas com cirurgia é possível corrigir o desvio
Considerada um desvio anormal da coluna vertebral, a escoliose pode ter origem congênita (de nascença), neuromuscular ou idiopática (sem causa definida).
Embora ela não costume gerar dor, sendo tratada com a reeducação postural e uso de coletes, há casos graves em que apenas com cirurgia é possível corrigir o desvio.
Para esclarecer a população sobre a doença, o neurocirurgião especialista em coluna pela Unifesp Alexandre Elias reuniu cinco informações importantes:
1. Quais os fatores de risco para o surgimento ou agravamento da escoliose?
Apesar de ter causas diferentes, principalmente a do idoso, pode evoluir pelos mesmos fatores, como a má postura ao sentar, levantar ou carregar peso; sedentarismo em geral; sobrecarga da coluna com excesso de peso de bolsas, caixas, compras, entre outros; e uso excessivo de salto alto.
2. Em que idade a doença é mais comum?
A escoliose costuma ser diagnosticada com mais prevalência na adolescência, na fase do crescimento, e por isso é conhecida por atingir mais crianças e jovens. Isso não impede, no entanto, de ela ocorrer também em adultos, especialmente após os 50 anos.
3. Como é feito o diagnóstico da doença?
O diagnóstico da escoliose é inicialmente clínico, em que o médico pede para o paciente inclinar o corpo para frente em um movimento simular ao realizado quando queremos tocar os pés, com as pernas esticadas. Nesta posição, um dos lados do tórax ou da região lombar aparece mais alto, fora de nível. Outras alterações vistas no exame é a assimetria dos ombros e a distância do braço para o corpo e/ou dos quadris. Após o primeiro diagnóstico clínico, é pedido um exame radiológico para a identificação do grau do desvio.
4. Como é o tratamento da escoliose?
Para os casos mais leves, é indicado fisioterapia e uso de coletes especiais, além de reeducação de hábitos que agravam o quadro. Em casos em que o grau do desvio é acima de 40, é indicada a cirurgia, especialmente na adolescência que, pelo fato de ainda estarem em formação, tendem a ter evolução do desvio da coluna. Nestes quadros, normalmente não há dor, mas a alteração estética causa grande desconforto para o adolescente que esta em formação física e emocional.
5. Como é o tratamento cirúrgico da escoliose?
A cirurgia indicada para o tratamento da escoliose é a artrodese, que realiza uma modelagem da coluna por meio da colocação de hastes parafusadas nas vértebras. Desta forma, é feito um realinhamento das vértebras para o eixo correto, formando um bloco estrutural sólido.
Com materiais modernos, a correção da deformidade, em um único procedimento operatório. Em geral, o paciente não precisa usar colete após a cirurgia.