A tarde desta quinta (09), em Ubajara foi marcada por uma grande aglomeração de pessoas que se posicionaram em frente ao Fórum de Ubajara, onde estava se realizando a audiência de Custódia do casal preso suspeito de dopar e estuprar adolescentes.
O casal trata-se de José Rubens de Sousa Filho, 23 anos e Raquel de Sousa Rodrigues, 21 anos, suspeitos de oferecer suco, dopar e estuprar adolescentes em Ubajara.
A população ainda revoltada com o crime bárbaro realizou uma manifestação em frente ao Fórum Dr. Moacir Gomes Sobreira pedindo justiça. O batalhão de divisas, polícia militar e civil fizeram a segurança do prédio público enquanto os dois envolvidos estivessem na presença da autoridade judicial.
No entanto, quando Raquel de Sousa Rodrigues chegou ao fórum iniciou-se um tumulto, onde os populares se acalmaram quando ela adentrou as dependências da instituição. Quando souberam que José Rubens havia sido levado novamente para o presídio, as pessoas seguiram para o local. A polícia novamente foi acionada para conter a euforia da população. Raquel de Sousa Rodrigues está em prisão domiciliar, pois está grávida de cinco meses.
O caso
O casal foi preso suspeito estuprar várias adolescentes no sábado (4). A prisão ocorreu em Ubajara. De acordo com Rubani Pontes Filho, o casal foi detido após familiares de uma das jovens denunciar o caso na delegacia, junto com o conselho tutelar da cidade. Ao menos 10 meninas foram vítimas, conforme a polícia.
Segundo o delegado, a mulher de 21 anos convidava as garotas para trabalhar como babá do filho deles e, após algum tempo, oferecia suco de uva com substâncias que as faziam dormir. Então, o companheiro dela estuprava as meninas.
“Ela agenciava no Centro da cidade as garotas de 14 e 15 anos. Quando conseguia uma, convidava para trabalhar em sua residência para cuidar do filho de três anos. Oferecia suco de uva, a pessoa ingeria a bebida, e após ela desmaiar, o marido aparecia e cometia o crime”, afirmou o titular da Delegacia de Ubajara.
Mensagem pelo WhatsApp
No celular da mulher presa, há troca de mensagens com crianças indicando o local que elas deveriam ir. As mensagens indicam o horário em que as crianças deveriam ir um sítio, na zona rural de Ubajara.
O delegado disse que uma das vítimas afirmou em depoimento que depois de tomar o suco não se lembrava mais de nada. Ao acordar, segundo o delegado, ela percebeu o crime. A polícia, junto com o conselho tutelar de Ubajara, a encaminhou para ser submetida a exames no Instituto Médico Legal de Sobral, cidade distante 82 quilômetros do local do crime. De acordo com levantamento do conselho tutelar, foi comprovado o estupro.
Fonte: Ubajara Noticias