O fato ocorreu hoje por volta de 14hrs, quando o radialista saía dos estúdios da rádio comunitária em que ele é diretor.
Ilton Santos, que diariamente comanda o programa “É de Lascar” na Rádio Liberdade FM de Morrinhos, foi abordado um por casal em uma moto. A mulher estava pilotando o veículo e o garupeiro portava um revolver. O radialista estava perto do seu carro quando foi abordado. Na hora, segundo relatos, ele pensou tratar-se de um assalto e falou que eles podiam levar o carro, mas o homem apontando a arma para ele (Ilton), disse que não queria o carro, queria “conversar”.
Foi então que disse para o radialista entrar no carro e dirigir em direção a uma rampa. Nesse momento, a mulher saiu na moto, antes porém, cometeu um deslise e acabou caindo, mas levantou a moto e tomando rumo ignorado logo em seguida.
O radialista e o sequestrador seguiram no carro em rumo a rampa do lixão na cidade. O malfeitor no banco do carona e o Ilton na direção, este último sempre com a arma sendo apontada para sua cabeça. Quando estavam próximo a um armazém de gás-butando, seguindo o caminho indicado pelo criminoso para irem para a rampa do lixão, o radialista viu a oportunidade de escapar.
Nesse momento fez um manobra brusca no carro e jogou o veículo em direção a uma cerca. Com a batida o Ilton Santos abriu a porta do carro e saiu correndo, o sequestrador assustou-se com impacto do choque e em seguida também saiu correndo, todavia em direção oposta.
O radialista sofreu pequenas escoriações, mas está bem, ele está nesse momento fazendo um BO na delegacia.
O radialista Ilton Santos é muito conhecido em Morrinhos, comanda o programa de maior audiência do município. Denuncia problemas na gestão do poder público no âmbito do legislativo e do executivo. Além disso, fala sobre as mazelas da política nacional.
Ressentimento a câmara de vereadores do município aprovou um polêmico requerimento em que pedia cópias do programa comandado por Ilton Santos, além de que fosse esclarecido o seu vínculo com a emissora comunitária Liberdade FM. Na época, o fato ganhou repercussão em todo estado do Ceará. Alguns veículos da impressa cearense noticiaram que o requerimento aprovado pela maioria dos vereadores de Morrinhos tratava-se de um ato de censura contra a liberdade de expressão do radialista.
