Stephen Hawking, o físico britânico que popularizou os mistérios da ciência a milhões de leitores e desenvolveu estudos pioneiros sobre o universo, morreu nesta quarta-feira, aos 76 anos, em sua residência em Cambridge, na Grã-Bretanha.
Hawking nasceu em Oxford, na Inglaterra, em 8 de janeiro de 1942 – exatamente o dia do aniversário de 300 anos da morte de Galileu Galilei (1564-1642), e morre no dia em que nasceu outro brilhante físico Albert Einstein, em 14 de março de 1879.
Formado em Física na Universidade de Oxford, tornou-se pesquisador da Universidade de Cambridge, em cosmologia – a ciência que estuda o Universo em sua totalidade, envolvendo sua origem e sua evolução.
Nos anos em que se dedicou a estudar as leis fundamentais que governam o cosmos, Hawking propôs que se o Universo teve um início – o Big Bang -, provavelmente terá um fim. Trabalhando com o cosmólogo Roger Penrose, ele demonstrou que a Teoria da Relatividade Geral de Albert Einstein leva a concluir que o espaço-tempo, iniciado no Big Bang, chegaria ao fim com os buracos negros. A tese implica que a teoria de Einstein e a teoria quântica devem estar conectadas – algo controverso até hoje.
Seu primeiro livro a se tornar popular foi “Uma Breve História do Tempo: do Big Bang aos Buracos Negros”, lançado em 1988. Na obra, Hawking procurou divulgar ao grande público questões fundamentais sobre o nascimento e a morte do Universo. Desde então, o cientista publicou vários outros livros de divulgação, como “O Universo em uma Casca de Noz”, “O Fim da Física”, “Os Gênios da Física: Sobre os Ombros de Gigantes” e “Uma Brevíssima História do Tempo”.
Conhecido mundialmente por seus populares livros de divulgação científica – como o best seller “Uma Breve História do Tempo” – Hawking também chamava a atenção pelo contraste entre sua vitalidade intelectual e sua fragilidade física.