Charles decidiu implementar o serviço após ouvir dicas de um passageiro. Hoje, recebe boas gorjetas dos clientes.
Imagina pegar um táxi e, ao entrar no carro, se deparar com uma geladeira com água e cerveja, além de bombons, carregadores para celular e até preservativo? É assim que Charles Anderson recebe os passageiros dele.
Oferecendo um serviço diferenciado, que faz jus a plaquinha de “Seja Bem Vindo”.
Dentro do carro, o cliente logo se depara com os produtos. O motorista conta que as pessoas se surpreendem e costumam dar boas gorjetas, apesar de não cobrar pelo serviço.
A ideia veio para melhorar o atendimento e mostrar um diferencial. Há três anos trabalhando no ramo, decidiu oferecer algo a mais aos clientes, aproveitando a dica de um deles.
“O pessoal falava que só tinha isso e aquilo, aí resolvi colocar alguma coisa para inovar.
Um dia, peguei um passageiro de São Paulo, que tinha ido para Nova York, que disse que tinha isso nos táxis de lá. Também disse que no Uber tinha bombom e água. Mas a água ficava no isopor ou numa sacola, nada acessível e nem ficava gelado direto. O Uber não tinha nem chegado a Fortaleza ainda”, relembra o motorista.
Ele achou, por acaso, a geladeirinha na internet e comprou. Mas o que oferecer aos clientes além dos tradicionais bombons e água? Mais uma vez, o taxista ouviu os passageiros.
Daí, vieram também álcool em gel, remédio pra ressaca, preservativo, refrigerante, cerveja, sonrisal, paracetamol, benegripe, lenço e uma TV… E tudo bem acessível, de frente para o passageiro.
O próprio Charles desenhou e mandou fazer o suporte que leva os produtos sem prejudicar o conforto do passageiro durante a viagem. O cliente se serve. Afinal, “atendimento ao cliente não é uma técnica a ser implantada, mas uma postura a ser cultivada”, como mostra uma das placas no carro.
“O pessoal sempre se surpreende. Eles falam: ‘Parabéns, seu táxi é bem equipado, bonito, cheiroso’. Tem gente que fica impressionado. 95% dos passageiros tanto de fora como daqui. Perguntam se cobro alguma coisa, digo que não cobro nada.
Vai do gosto de cada um, se quiser dar algo. Eu não cobro, mas o pessoal faz questão de dar. Já cheguei a ganhar R$ 50 de gorjeta”, revela o motorista.
O táxi é a fonte de renda de Charles há três anos. Mas o propósito maior, garante ele, é focar nos estudos para passar em um concurso público. O motorista diz ainda que não faz as contas sobre quanto gasta, mas que os valores compensam. Trajado de calça, camisa e sapatos sociais, sempre de barba e cabelo feitos, procura agradar a clientela oferecendo um serviço diferenciado e de qualidade. E aí, vai de táxi?
Serviço:
Charles Augusto
Contato: (85) 98655-6395