Ministério decide terminar contrato para aquisição da compra das vacinas. Segundo mídia, a medida adotada teria sido uma recomendação da Controladoria Geral da União (CGU).
Nesta terça-feira (29), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou que o Ministério da Saúde vai suspender o contrato para compra da vacina Covaxin na quinta-feira (29). A vacina é produzida pela Bharat Biotech e intermediada no Brasil pela farmacêutica brasileira Precisa Medicamentos, segundo a CNN.
O contrato foi assinado em fevereiro, prevendo a importação de 20 milhões de doses do imunizante.
“Não é mais oportuno importar as vacinas neste momento”, disse Queiroga à mídia.
As doses da Covaxin nunca chegaram a ser enviadas, uma vez que Anvisa negou seguidos pedidos de importação do imunizante, pois os mesmos não atendiam a critérios técnicos.
O imunizante indiano se tornou uma questão política de grandes proporções quando veio à público o depoimento de Luis Ricardo Miranda, servidor da área de importação do Ministério da Saúde, ao Ministério Público.
No depoimento, dado em 31 de março, Luis Ricardo afirma ter sofrido “pressão atípica” para acelerar os trâmites da Covaxin dentro da pasta.
Em depoimento à CPI da Covid na sexta-feira (25), ele e seu irmão, deputado Luis Claudio Miranda (DEM-DF), disseram ter alertado pessoalmente o presidente, Jair Bolsonaro, sobre irregularidades na compra da Covaxin.
A medida adotada pelo ministro Marcelo Queiroga em relação ao imunizante teria sido uma recomendação da Controladoria Geral da União (CGU), segundo O Globo.
Em meio a polêmicas com a Covaxin, outro imunizante entrou na mira da CPI da Covid hoje (28). o presidente da CPI, senador Osmar Aziz (PSD-AM), anunciou que vai apurar sobre uma suposta negociação paralela para compra das vacinas da AstraZeneca.
Enquanto todos esses embargos e escândalos ocorrem em torno de compra de vacinas, o Brasil registrou hoje mais 658 mortes e 30.307 novos casos de COVID-19, totalizando 514.202 óbitos e 18.447.420 diagnósticos da doença, informou o consórcio entre secretarias estaduais de saúde e veículos de imprensa.
Informações de Sputnik Brasil