A cúpula das Forças Armadas está avaliando abrir um processo contra o senador Omar Aziz (PSD-AM), presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito da Covid-19. Nesta quarta-feira (7), Aziz declarou que “fazia muito tempo que o Brasil não via membros do lado podre das Forças Armadas envolvidos com falcatrua dentro do governo”.
As declarações de Aziz aconteceram ainda durante a sessão que ouviu o ex-diretor do Ministério da Saúde, Roberto Dias Ferreira, que deixou a comissão após receber voz de prisão de Aziz.
De acordo com a coluna de Igor Gadelha, do portal Metrópoles, os militares querem processar Aziz por “danos morais coletivos”. Já foi solicitado um parecer jurídico para verificar se a ação é possível, uma vez que o senador tem imunidade parlamentar.
Horas após as acusações de Aziz, o ministro da Defesa, general Walter Braga Netto, e os três comandantes das Forças Armadas divulgaram uma dura nota conjunta em que deixaram claro que “não aceitarão qualquer ataque leviano às instituições que defendem a democracia e a liberdade do povo brasileiro”.
Aziz, por sua vez, classificou o comunicado como tentativa de intimidação.
– Estão tentando distorcer minha fala e me intimidar. Não aceitarei! Não ataquei os militares brasileiros. Disse que a parte boa do Exército deve estar envergonhada com a pequena banda podre que mancha a história das Forças Armadas – escreveu no Twitter.