O jornal Folha de S. Paulo admitiu ter errado na elaboração da reportagem que denunciou a suposta
Em nova reportagem, o veículo reconheceu que a denúncia não levou em consideração a possibilidade de ter ocorrido erros no sistema do Ministério da Saúde – o que poderia ter causado diferença nos prazos de validade.
Com isso, a Folha publicou nova reportagem alterando o título original de “Milhares no Brasil tomaram vacina vencida contra a Covid; veja se você é um deles” para “Registros indicam que milhares no Brasil tomaram vacina vencida contra a Covid; veja se você é um deles”.
– A diferença entre as versões é que, na primeira, estava embutida a suposição de que os dados do DataSUS constituem retrato fiel da realidade, ao passo que, na segunda, não há essa suposição – diz a Folha.
Ainda assim, o texto reforça que é possível também que as vacinas de fato estivessem fora da validade.
– O fato de o sistema oficial conter falhas na inserção dos registros não significa que essas sejam as únicas falhas. Uma vez identificados os problemas, as prefeituras deveriam proceder à checagem ativa de todos os casos identificados pela Folha. Por esse motivo, a reportagem publicou de forma clara os lotes envolvidos, suas respectivas datas de validade e os postos de vacinação que, segundo o sistema oficial, teriam feito as aplicações de doses vencidas – escreve o jornal.
O jornal também voltou a cobrar explicações do governo federal sobre a possibilidade da denúncia ser real.
– O PNI (Programa Nacional de Imunização) e o Ministério da Saúde, por sua vez, precisam se manifestar sobre os dados de vacinas vencidas, considerados quebra de protocolo da vacinação. O programa é responsável por coordenar a imunização no país e a distribuição das vacinas. Cabe ao ministério acompanhar os dados oficiais e definir semanalmente orientações e recomendações às prefeituras e estados – diz a Folha.