• 21 de November de 2024

A Inteligência dos Estados Unidos entrou em consenso de que o coronavírus não foi desenvolvido como arma biológica, e a maioria das agências americanas considera pouco provável que tenha sido desenhado geneticamente. É o que diz o resumo de um relatório publicado nesta sexta-feira (27).

Contudo, a comunidade continua dividida sobre as origens do vírus. Quatro agências e o Conselho Nacional de Inteligência apoiam a teoria da exposição natural a um animal como a explicação mais provável, enquanto outra agência se inclina para a versão de vazamento em um laboratório. Outras três não puderam chegar a uma conclusão.

Para justificar a avaliação, os órgãos competentes contam em particular com “os muitos vetores de exposição a animais” que existem, bem como com a ignorância da China sobre a existência do vírus antes de seu aparecimento.

“A comunidade de Inteligência dos EUA acredita que as autoridades chinesas não tinham conhecimento prévio do vírus antes do início da epidemia”, diz o resumo.

No entanto, outra agência de Inteligência considera com “um nível moderado de confiança” que a tese de um vazamento de laboratório é a mais plausível, “provavelmente” por meio de experimentos, manuseio de animais ou amostras do Instituto de Virologia de Wuhan”.

Os serviços de Inteligência são considerados “incapazes de fornecer uma explicação mais definitiva” da origem do coronavírus sem “novas informações” fornecidas pela China, de acordo com o resumo do relatório divulgado.

BIDEN ACUSA CHINA DE RETER INFORMAÇÃO

Também nesta sexta-feira, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, acusou a China de reter “informação crítica” sobre a origem da Covid-19, após a publicação do relatório da Inteligência americana.

“Existe informação crucial sobre as origens desta pandemia na República Popular da China, mas desde o princípio, os funcionários do governo chinês têm trabalhado para evitar que os pesquisadores internacionais e membros da comunidade de saúde pública mundial tenham acesso a ela”, disse Biden em um comunicado. 

“Até o dia de hoje, a República Popular Chinesa continua rejeitando os apelos à transparência e retendo informação, inclusive quando o número de vítimas desta pandemia continua aumentando”, acrescentou.

Quase 4,5 milhões morreram de Covid-19 desde que o escritório da Organização Mundial da Saúde (OMS) na China relatou o primeiro caso da doença, em dezembro de 2019.

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