O homem preso pela Polícia Federal (PF) nesta sexta-feira (1º) por suspeita de exploração sexual e estupro contra uma criança de 11 anos em Crateús, interior do Ceará, gravou 56 vídeos de pornografia infantil com a vítima. Segundo as apurações, o crime acontecia há dois anos.
Pedreiro suspeito de furtar e roubar hotéis e pousadas de Fortaleza é preso no Moura Brasil
Informações foram repassadas pelo delegado da PF Alan Robson em entrevista ao Sistema Verdes Mares. Ele foi o responsável pelas investigações no âmbito da “Operação Escudo de Ouro”, que culminou com o mandado de prisão preventiva do abusador.
A Polícia localizou o homem após o recebimento de informações da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol), pois as imagens pedopornográficas — termo utilizado para identificar a produção de conteúdo sexual envolvendo crianças — foram compartilhadas em países como Estados Unidos, França e Austrália.
“Após troca de informação com a polícia americana, nós partimos aqui do Brasil com uma investigação, que teve prioridade absoluta. Em 15 dias identificamos a vítima e o abusador”, pontua o delegado.
Identificação
Conforme o delegado Alan Robson, no ato da prisão do homem em Cratéus, durante o mandado de busca e apreensão, agentes de segurança identificaram alguns elementos presentes na casa dele que coincidiam com o cenário dos vídeos de pornografia infantil, como uma chaleira.
O trabalho de averiguação dos crimes segue com a análise do material eletrônico apreendido na residência do suspeito. A PF também apura se outros familiares têm envolvimento.
Vítima está sendo acompanhada
A criança e os pais estão recebendo acompanhamento psicossocial oferecido pelas autoridades.
Ainda de acordo com o delegado da PF, o Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) trabalha para realizar oitivas com a vítima e a família, de modo a ter maior conhecimento caso e prevenir maiores danos à criança.
“O investigado poderá responder pelos crimes de estupro de vulnerável, produção e divulgação de imagens pedopornográficas na Internet”, apontou a PF, citando que a pena é de até 31 anos de prisão.