O candidato do PDT a presidente da República, Ciro Gomes, disse que às vezes pensa que seria melhor o Ceará ser governado por Capitão Wagner (União Brasil) para perceber a importância do que foi conquistado no ciclo comandado pela família Ferreira Gomes. “Pode ser que esteja na hora de a gente entregar para o Capitão Wagner lá, o cara do Bolsonaro. Quem sabe a gente aprende a dar valor ao que tem. Se não, ok”, disse em entrevista na noite desta segunda-feira, 15, ao Roda Viva, na TV Cultura.
Ele também criticou a aliança formada no Ceará com o rompimento da base governista: “Hoje o Lula está agarrado lá (no Ceará) com Eunício Oliveira (MDB), junto com Camilo Santana (PT). Isso que é o progressismo de goela, que eu vou enfrentar.”
Ciro também reclamou por Camilo ter rompido com ele sem dar um telefonema. “(Camilo) Tinha perdido eleição para prefeito de Barbalha, quando nós achamos que ele tinha o talento e a capacidade. A lista do que fiz por ele o Ceará sabe e ele sabe mais do que ninguém”, afirmou o pedetista.
Ele afirmou que Roberto Cláudio foi escolhido por ser o mais competitivo para enfrentar Wagner. “Entramos numa dinâmica de tentar enfrentar o candidato do Bolsonaro, que é muito forte”. Ciro disse ainda que houve “traição muita”. “Dessa parte eu não vou comentar”, acrescentou.
Cid e Ivo
Ciro reagiu quando a jornalista Malu Gaspar disse que ele rompeu com os irmãos, em referência ao senador Cid Gomes (PDT) e ao prefeito de Sobral, Ivo Gomes (PDT). “Eu não rompi com meus irmãos.” Acrescentou em seguida: “Nem eles romperam comigo. Pelo menos até aqui eu não estou sabendo desse rompimento.”
O candidato a presidente disse ainda: “É uma coisa doída para mim. Eu não sou coronel mesmo. Eu costumo emitir minha opinião e respeitar a opinião dos outros.”