• 25 de November de 2024

O desejo do senador Cid Gomes (PDT) de reatar a aliança entre PT e PDT em um eventual segundo turno das eleições de 2022 no Ceará pode não ser uma tarefa tão fácil. O candidato a presidente Ciro Gomes (PDT), irmão do ex-ministro, descartou qualquer apoio à sigla petista, ao menos de sua parte, caso Elmano Freitas (PT) seja o escolhido para seguir na disputa pelo Palácio da Abolição contra Capitão Wagner (UB). A votação ocorre neste domingo, 2 de outubro.

“Se o PT quiser nos apoiar, o Roberto Cláudio (PDT), nós aceitaremos, mas eu apoiar o PT só na outra encarnação”, disse o pedetista neste sábado, 1º, em entrevista ao O POVO.

No último dia de campanha antes do primeiro turno das eleições deste ano, o ex-ministro participou de carreata na Capital ao lado de RC, do prefeito de Fortaleza, José Sarto (PDT), do presidente nacional da legenda, Carlos Lupi (PDT), além de deputados, vereadores e apoiadores.

Durante o encontro, Ciro não poupou críticas a Elmano e Capitão Wagner (UB), primeiro e segundo colocados nas pesquisas de intenção de voto, respectivamente.

“Ele está competindo contra um cara que fez a pior Secretaria de Educação da história de Fortaleza. Todas as mães têm a obrigação de proteger seus filhos, não podemos entregar a melhor educação do Brasil a quem, tendo se ocupado com a educação do Ceará, transformou a educação de Fortaleza na pior do Ceará”, disse o pedetista sobre o candidato do PT.

O ex-ministro se referia ao período em que Elmano foi titular da pasta durante a gestão da ex-prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins (PT), hoje deputada federal e concorrendo à reeleição.

Sobre Wagner, Ciro destacou que o concorrente não possui experiência administrativa. “O outro liderou motins que mataram, que levaram terror a milhares de pessoas do Ceará, e que nunca administrou uma bodega das pequenas, ao contrário de Roberto Cláudio”, ressaltou.

Durante o evento, Ciro foi questionado sobre as afirmações de que não viria ao Estado para fazer campanha em 2022. Recentemente, em entrevista ao site O Antagonista, o presidenciável disse que havia recebido uma “facada poderosa nas costas”, o que fez com que ele resolvesse não vir ao seu colégio eleitoral “pela primeira vez”.

“Eu vim porque o Ceará está ameaçado de cair na mão de uma pessoa que não tem a menor qualificação, nem moral, nem intelectual, nem treinamento, nem nada”, disse em resposta. E acrescentou: “Esse é o meu lugar, o povo do Ceará já me deu tantas honras, tantas vitórias, e agora que eu lhe digo num momento de dificuldade, de perseguição e atroz, o que o povo cearense fizer comigo tá de bom tamanho”.

Conforme a última pesquisa Ipespe, contratada pelo O POVO, o ex-prefeito de Fortaleza, apoiado por Ciro, aparece na terceira colocação com 23% das intenções de voto. Ele é superado por Elmano, que lidera com 39% dos votos válidos, mas está tecnicamente empatado com Wagner, que tem 37%. A margem de erro é de 3,2% para mais ou para menos.

No cenário para a Presidência, o ex-governador do Ceará é o quarto colocado na corrida pelo Palácio do Planalto. Ele registrou 5% das intenções de votos válidos, empatado tecnicamente com Simone Tebet (MDB), que tem 6%. Ambos são superados pelo ex-presidente Lula (PT), que ficou com 50%, Jair Bolsonaro (PL), que registrou 36%. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

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