De acordo com estudos publicados pela BMJ Global Health nesta quarta-feira, 16, mais de um bilhão de jovens possuem risco potencial de perder a audição pelo uso errado de fones de ouvido e por frequentarem lugares com músicas em altos volumes. O resultado é a revisão de trinta e três estudos feitos a respeito do tema com mais de 20 mil pessoas, conforme noticiou O Globo.
Os responsáveis pelo estudo dizem que os resultados são um alerta sobre a “urgente necessidade de governos, indústria e sociedade civil priorizarem a prevenção global da perda auditiva, promovendo práticas de escuta” e enfatiza que existem diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS) à disposição para auxiliar na garantia dos objetivos.
As análises são parte de um esforço internacional de especialistas da OMS e de instituições de países como México, Suíça e Suécia, liderada pela pesquisadora da South Carolina University nos Estados Unidos, Lauren Dillard.
O estudo mostra que mesmo que existam limites orientados para o uso consciente do fone de ouvido, sendo 80 decibéis (dB) para adultos e 75 dB para crianças, os usuários aumentam o volume para 105 decibéis e em casas de entretenimento, o volume varia entre 104 e 112 decibéis.
Levando em consideração que jovens utilizam significativamente fones de ouvido e costumam frequentar lugares com música alta, os pesquisadores avaliaram ponderância de pessoas na faixa etária de 12 à 34 anos que estaria exposta a volumes prejudiciais à audição, estando com altos riscos de perda de audição.
Com isso, foram selecionados trinta e três estudos em variados idiomas que uniram trinta e cinco registros de audição entre jovens na faixa etária, dezessete registros com foco em fones de ouvido e dezoito em casas de entretenimento.
Foi descoberto que a exposição contínua a ondas sonoras danosas é comum globalmente. A respeito de fones de ouvido, a prevalência é de 24% entre adolescentes e jovens e para ambientes com músicas com volume alto, o índice é de 48%.