O ano era 1957. Pelas ruas de Moscou, na antiga União Soviética, uma cadelinha vira-lata sem lar vagava sem rumo. Tinha cerca de três anos e, sem saber, estava prestes a se tornar parte da História.
Batizada de Laika, ela foi escolhida por cientistas do Programa Espacial Soviético para uma missão inédita: viajar ao espaço e ajudar a compreender os efeitos da ausência de gravidade sobre os seres vivos.
O foguete Sputnik 2 foi lançado em 3 de novembro de 1957, durante a corrida espacial entre União Soviética e Estados Unidos. Segundo o presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), Carlos Moura, o experimento marcou uma fase decisiva do avanço científico que mais tarde permitiria o envio de humanos ao espaço.
Logo após a decolagem, os sensores registraram que a frequência cardíaca de Laika aumentou até quatro vezes o normal. Poucos minutos depois, ela se tornou o primeiro mamífero a viajar para o espaço.
Laika permaneceu em órbita por algumas horas, mas acabou m0rr3nd0 após uma falha no sistema de controle térmico que provocou o superaquecimento da cápsula. Os cientistas soviéticos já sabiam que ela não retornaria viva, mas o experimento forneceu informações fundamentais para o avanço da exploração espacial.
Poucos anos depois, em 12 de abril de 1961, o cosmonauta Yuri Gagarin fez história como o primeiro homem a viajar ao espaço, a bordo da nave Vostok 1. Ao ver o planeta pela janela, Gagarin pronunciou a frase que ecoaria pelo mundo: “Vejo a Terra, ela é azul.”
📄 Com informações da Agência Brasil
📸 Foto: Reprodução / Arquivo Histórico da NASA




