Um homem de 61 anos foi resgatado de uma mina de granito em condições análogas à escravidão, em Juazeiro do Norte, no Ceará. O resgate foi realizado por auditores-fiscais do Trabalho no dia 27 de outubro, e as informações foram divulgadas nesta semana.
De acordo com a fiscalização, o trabalhador vivia há cerca de três anos em um barraco de lona dentro da pedreira, sem banheiro, sem local adequado para alimentação e sem acesso direto à água potável. Em troca do trabalho pesado na extração manual de pedras, ele recebia apenas abrigo precário para dormir.
A mina, segundo a Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT), estava oficialmente desativada pelas autoridades ambientais, mas ainda assim o homem foi enviado ao local para realizar o corte e desmonte das rochas com ferramentas rudimentares e explosivos artesanais, o que representa alto risco à vida.
Os auditores constataram que o trabalhador não recebia Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e que a água utilizada para consumo e preparo de alimentos era trazida esporadicamente pelo empregador, armazenada em vasilhas sem higienização e consumida sem tratamento.
O homem relatou sentir fortes dores nas costas e que, devido à idade e às condições de trabalho, já não conseguia produzir o suficiente para se sustentar. O caso foi encaminhado às autoridades competentes para investigação e responsabilização dos envolvidos.
Com informações do G1
📸: SIT/MTE




