A Operação Endpoint, deflagrada nesta terça-feira (18) pelo Ministério Público do Ceará em parceria com órgãos estaduais e federais, resultou no fechamento de 14 empresas e no bloqueio de 118 sites investigados por pirataria de conteúdo audiovisual e lavagem de dinheiro. Três pessoas foram presas e outras duas permanecem foragidas. Ao todo, foram cumpridos 19 mandados de busca e apreensão, além do bloqueio judicial de R$ 12 milhões das contas dos investigados.
A ação ocorreu simultaneamente no Ceará, Alagoas e Santa Catarina. No Ceará, os mandados foram cumpridos em Fortaleza, Chorozinho, Eusébio, Maracanaú e Caucaia. A Justiça também determinou que plataformas de conteúdo pirata, como “DezPila”, “Tyflex” e “Onlyflix”, deixem de aparecer em mecanismos de busca, incluindo o Google, como forma de impedir o acesso aos serviços investigados.
O promotor Silderlândio Nascimento, do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organiz4çõ3s Crim!n0s4s, explicou que o esquema utilizava empresas formais e pessoas interpostas para movimentar recursos obtidos a partir da pirataria digital, prática que, segundo ele, gera prejuízo à economia e aos profissionais responsáveis pelos direitos autorais. Em Chorozinho, um dos alvos foi preso em uma residência onde, conforme o delegado Felipe Ribeiro, do Ciberlab do Ministério da Justiça, funcionava a venda de TV pirata e um esquema ligado à lavagem de dinheiro com criptomoedas. Segundo a Polícia, o local também utilizava energia furtada para abastecer uma estação de mineração.
A investigação aponta que os suspeitos atuavam como prestadores ilegais de TV por assinatura, oferecendo canais, filmes e séries sem autorização. Quebras de sigilos bancário, fiscal e digital identificaram movimentações financeiras consideradas expressivas, tanto de pessoas físicas quanto das empresas vinculadas ao grupo, o que auxiliou na delimitação do esquema e dos responsáveis.
Com informações do G1
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