O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi preso em casa na manhã deste sábado (22) e levado para a sede da Polícia Federal (PF) em Brasília. Ele deve participar de uma audiência com um juiz neste domingo (23). A detenção é preventiva, sem prazo determinado, solicitada pela PF ao Supremo Tribunal Federal (STF) e autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, com concordância da Procuradoria-Geral da República (PGR).
Segundo a decisão, há indícios de que Bolsonaro estaria planejando uma fuga. O ministro destacou que a tornozeleira eletrônica do ex-presidente apresentou violação por volta de meia-noite deste sábado. Moraes também mencionou a vigília convocada pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) em frente à residência do pai, avaliando que o ato representava risco à efetividade da prisão domiciliar e à ordem pública.
A decisão aponta ainda que o condomínio onde Bolsonaro reside está a cerca de 13 km do Setor de Embaixadas Sul, distância que poderia ser percorrida rapidamente em caso de tentativa de refúgio. O ministro relembrou informações presentes nas investigações, segundo as quais Bolsonaro teria cogitado fuga para a Embaixada da Argentina. Além disso, citou a saída do país dos deputados Alexandre Ramagem, Carla Zambelli e Eduardo Bolsonaro, considerada, na avaliação do magistrado, um indicativo adicional de risco de evasão.
A defesa do ex-presidente afirmou que a prisão preventiva causa “perplexidade” e representa riscos à saúde dele. Bolsonaro foi detido por volta das 6h e, segundo a PF, não ofereceu resistência. A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro não estava na residência no momento da abordagem. O comboio chegou à sede da PF às 6h35, e após os procedimentos iniciais, Bolsonaro foi encaminhado à Superintendência da corporação no Distrito Federal, onde permanecerá em uma Sala de Estado.
Fonte: G1
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