Os casos de mortes por arboviroses no Ceará apresentaram redução nos sete primeiros meses de 2018, aponta o 30º Boletim Epidemiológico da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa). A queda é de 95% dos óbitos por dengue, chikungunya e zika. As três doenças juntas mataram 208 pacientes em 2017. De janeiro a julho deste ano, a Pasta de saúde contabilizou apenas nove falecimentos.
Os casos confirmados também chamam atenção pela queda. Comparando igual período, os casos de dengue em 2017 somaram 23.758, enquanto em 2018 foram 2.483 — redução de 89%. A chikungunya somou 102.589 doentes e, neste ano, caiu para 1.036. Pacientes com zika eram 565 no ano passado. Neste ano, 34 foram infectados pela doença.
Em 2017, as maiores incidências registradas foram de chikungunya entre os meses de fevereiro e setembro, demonstrando o período epidêmico vivido no Estado. Dengue apresentou comportamento semelhante, porém, em menor proporção. Nota-se que zika demonstrou uma propagação mais lenta e com menor número de registros, caracterizando um padrão diferenciado em relação às demais.
O Boletim ainda aponta registros de casos confirmados em todas as regionais de saúde do Estado nos anos em análise. No entanto, comparando a taxa de incidência acumulada dos municípios, identifica-se uma redução de 92,7% no número de municípios com incidências acima de 300 casos por 100 mil/habitantes.
Outro ponto, que evidencia a redução de casos no ano corrente, é o aumento de 89,1% no número de municípios que não apresentaram registro de casos confirmados, passando de 5 no mesmo período de 2017 para 46 no ano de 2018.
Diário do Nordeste