Depois de sofrer um acidente de moto, Maria Lirianes de Oliveira, natural do município de Acaraú, teve a gravidez interrompida e a pequena Angelina Vitória nasceu no dia 11 de setembro na Santa Casa de Misericórdia de Sobral – Hospital sob intervenção da Prefeitura – com 32 semanas pesando 1.280 gramas. Vitória teve que ficar internada na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN), enquanto sua mãe estava internada em uma enfermaria da instituição recuperando-se dos procedimentos cirúrgicos que enfrentou. O primeiro contato com a filha só foi possível 25 dias após o nascimento, emocionando o pai, e toda a equipe assistencial que organizou o encontro.
O primeiro contato foi apenas visual, sendo preciso que Lirianes esperasse mais alguns dias para poder pegar a filha no braço. “A pior parte de toda essa situação foi não poder pegar ela em meus braços desde o início. Só ouvia notícias dela por meio de meu marido e da equipe assistencial, mas quem é mãe sabe que não é a mesma coisa. Entendia a necessidade de preservá-la de qualquer tipo de infecção, mas Graças a Deus esses dias passaram e eu consegui conhecê-la e pegá-la em meu colo”, conta a mãe.
Após o primeiro contato, a pequena passou a ser levada diariamente pela equipe até a enfermaria onde a mãe se recupera. Para a coordenadora do Serviço de Neonatologia da Santa Casa, Renides Brasil, o trabalho humanizado é exatamente colocar-se no lugar do outro. “Esse momento de encontro binômio mãe e filha é importante para mantê-las próximas, visto que, não está sendo adequada a permanência delas juntas devido o estado de saúde da mãe. Mas estamos com o compromisso de levar o bebê com todo cuidado ao encontro da mãe. Além de proporcionar alegria à mãe, a aproximação desperta atenção durante o toque e fala da mãe quando está segurando a filha, trazendo lembranças da voz da mãe de quando o bebê estava no útero e já ouvia conversas e cantigas durante a gestação”, explica Renildes.
