Os vídeos caíram nas redes sociais e circularam via WhatsApp, chegando à Polícia Civil. Imagens mostram vítimas implorando pela vida e supostamente assumindo troca de facções.
Em um dos vídeos, a vítima conta que elas estavam “rasgando a camisa” de uma das facções. As imagens mostram as mulheres no que parece ser o manguezal, com lama e sangue na pele.
“Eu tô rasgando a camisa do CV (Comando Vermelho) porque não é pelo certo”, diz uma das vítimas. Outra, em aparente nervosismo e ofegante, também fala que era de uma das das fações e que está mudando de lado (GDE). Ela olha para a pessoa que estaria gravando o vídeo e, com a mão na cabeça, confere as informações demonstrando possível coação.
O crime
A denúncia do caso foi realizada no 7º Distrito Policial (DP), na última sexta-feira, 2. Nessa terça, 6, três homens foram presos e um adolescente apreendido na Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA). A Polícia determinou o perímetro da busca no mangue e mantém os trabalhos desde ontem.
Ação dos criminosos começou na comunidade de Coqueirinho e no bairro Pirambu, onde as vítimas moravam. De acordo com o delegado adjunto do 7º D.P., Alexandre Sanders, os criminosos moravam na região do Parque Leblon, em Caucaia, onde foi cometido o crime.
Os acusados responderão por homicídio qualificado, tortura, ocultação de cadáver e formação de quadrilha. São eles: Antônio Honorato dos Santos, 42, sem passagem pela Polícia; Luiz Alexandre Alves Silva, 23, com passagem por roubo; e Diego Alves Fernandes, 21, que já responde pelos crimes de receptação, corrupção de menores e formação de quadrilha.
Guerra entre facções
As mulheres teriam sido entregues por “homens da comunidade do Morro de Santiago” ao adolescente, que as levou para o local do crime, ainda conforme a Polícia.
A polícia investiga se as vítimas realmente tinham ligação com o grupo criminoso ou se apenas moravam na localidade comendada pelo Comando Vermelho. O conflito entre as facções teria motivado o crime.
Fonte: O Povo