Adolescente agressor sofreria bullying por dormir na escola e ser chamado de “morto” por colegas da instituição de tempo integral do Estado.
O estudante de 15 anos que atirou e atingiu três alunos na escola Professora Carmosina Ferreira Gomes, no bairro Sumaré, em Sobral, no Ceará, não teria histórico de violência no colégio estadual onde ocorreu o ataque.
O garoto, segundo uma aluna do mesmo ano do agressor, é uma pessoa “calma, calada e que passa a maior parte do tempo dormindo na hora das aulas. Era direto na dele, só dormia”.
O adolescente feriu três colegas depois de entrar com um revólver na instituição de ensino médio. Um continua gravemente ferido na UTI pediátrica da Santa Casa do município da região Norte, e os outros dois foram medicados e receberam alta.
Em conversa com O POVO, uma estudante do mesmo ano do agressor e das vítimas – o 1º do ensino médio, contou que o adolescente armado era “amigo ou falava normalmente com os dois meninos que foram atingidos na cabeça” pelos tiros. De acordo com a aluna, o terceiro estudante – ferido na perna – não teria proximidade com o atirador.
O menino que efetuou os disparos, relata a estudante, era chamado de “morto” por dormir demais na sala de aula. “Talvez por isso, ele tenha dito que sofria bullying. Antes dos tiros, os pais dele foram chamados pela diretoria da escola para falarem sobre o sono na escola”, afirma a garota.
Segundo a aluna, o adolescente agressor atirou contra os colegas por volta das 10 horas da manhã de ontem, 5/10.
Era hora do intervalo na escola de tempo integral gerida pela Secretaria da Educação do Ceará (Seduc). “O que levou o tiro na cabeça estava sentado numa cadeira, desacordado e respirando ruim. Os outros dois correram para o banheiro”.
Foi o tempo, segundo a adolescente, para se formar um corre corre com gritaria e alvoroço.