Condenada a 39 anos de cadeia por tramar o assassinato dos pais, Suzane von Richthofen deixou a prisão temporariamente beneficiada pela saída do Dia das Mães. Ela saiu da penitenciária feminina de Tremembé, no interior de São Paulo, na manhã desta sexta-feira e deverá retornar à unidade na próxima terça, dia 16.
De acordo com a Secretaria de Administração Penitenciária de São Paulo (SAP), a saída temporária é um benefício previsto em lei, e os condenados em regime semiaberto que possuem bom comportamento podem obter autorização para saída temporária, sem vigilância.
A saída temporária libera o detento por até sete dias durante cinco vezes ao ano. Para sair, Suzane precisou informar um endereço fixo que não foi divulgado pela SAP.
No ano passado, Suzane disse à Justiça que ficaria na rua Coronel Ludovico Homem de Góes, em Angatuba (SP), na casa de amigos. No local, porém, funciona uma loja de tecidos.
Com a mentira, ela voltou a ser presa dois dias antes do prazo. Na época, Suzane perdeu o direito às saídas temporárias devido a “falta disciplinar de natureza grave” por meio de medida provisória.
O advogado Rui Freire, defensor de Suzane, disse à época que entraria com recurso.
Segundo ele, a detenta informou que iria para a casa de uma amiga que conheceu no presídio, em Angatuba, região de Itapetininga, mas o endereço na ficha da presa estava desatualizado.
Procurado, o Tribunal de Justiça de São Paulo não soube informar se a medida foi revogada e aguarda resposta da juíza do caso.
O crime
Os pais de Suzane, Manfred e Marísia von Richthofen, foram assassinados em casa enquanto dormiam, em outubro de 2002. Suzane e Daniel Cravinhos foram os mentores do crime e contaram com a ajuda do irmão de Daniel, Christian Cravinhos, para executá-los.
Os irmãos foram condenados a 39 e 38 anos de prisão, respectivamente, e cumprem pena em regime semiaberto desde 2013 na Penitenciária Doutor José Augusto Salgado, em Tremembé.