• 22 de November de 2024

Dois homens que eram cunhados morreram baleados após uma discussão familiar motivada pela irritação de um deles com o choro de uma criança com transtorno do espectro autista (TEA). O caso aconteceu na última sexta-feira, 29, em Teresina, no Piauí. O instrutor de tiros Daniel Flauberth Gomes Nunes Leal, 38, teria saído de casa para brigar com o garoto de 4 anos, que chorava. No dia seguinte, o pai do menino, Felipe Guimarães Martins Holanda, 37, procurou o cunhado, e os dois entraram em confronto. Uma babá também foi atingida por um tiro na cabeça e está internada em estado grave.

A criança é sobrinha do instrutor de tiros, filho de uma irmã dele que morava no mesmo terreno que Daniel Leal, segundo informação do jornal Folha de S.Paulo. No dia seguinte à reclamação, Felipe Holanda teria aparecido na casa do cunhado com uma faca.

Ao atender a porta, a esposa do instrutor de tiros teria pedido calma. Ao escutar o marido se aproximando, ela fechou a porta. Naquele momento, Daniel teria disparado a arma contra a porta. O tiro atingiu a babá Juliana da Silva, 36, que cuidava das crianças.

Felipe conseguiu entrar na casa, e os cunhados teriam entrado em confronto físico. Durante a briga, Felipe foi atingido por um tiro na virilha e morreu após cirurgia no Hospital de Urgência de Teresina. Já Daniel Leal foi atingido por tiro na cabeça, provavelmente por acidente com a própria arma. Ele morreu poucas horas depois.

As apurações iniciais da Polícia indicam que a arma do instrutor foi a responsável por todos os tiros disparados durante a briga. Além da arma do crime, uma pistola 380, Daniel Leal tinha uma pistola 9 mm e um revólver 357, ambos em um cofre. A esposa do instrutor de tiros relatou aos policiais que, recentemente, ele ainda teria comprado um fuzil, que ainda não foi entregue.

“Hoje as pessoas, com a prática esportiva de tiro, estão conseguindo armas como se consegue um suvenir qualquer. Arma não resolve nada, te digo isso com 42 anos de polícia”, afirmou o delegado responsável pelo caso.

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *