“Se o melhor prefeito da história da cidade perde para um samango desqualificado, a gente deixaria de crer. Mas isso não vai acontecer”, disse, neste domingo, em coletiva, o ex-ministro Ciro Gomes, observando que a derrota de Roberto Cláudio (PDT) seria um desestímulo ao seu projeto de disputar a Presidência da República em 20118. Mas reiterou: “isso não vai acontecer!”. Referiu-se ao candidato Capitão Wagner, do PR.
Lembrado de que Capitão Wagner anunciou que está lhe processando por conta de uma série de “injúrias” que disparou contra ele durante a campanha , Ciro reagiu: “Isso é um bosta!” O ex-ministro acompanhou o prefeito Roberto Cláudio na hora da votação, em seção do Colégio Batista. Também acompanhavam o prefeito o governador Camilo Santana (PT)e o ex-governador Cid Gomes (PDT).
Ciro afirmou que, apesar de “uma campanha extremamente desqualificada” de alguém que não é preparado e não tem compromisso com a decência” – voltou a se referir ao Capitão Wagner, avaliou que o prefeito Roberto Cláudio sairá vitorioso. Ele reafirmou que Roberto Cláudio foi melhor do ele quando prefeito. “Ele teve circunstância melhor que a minha e eu fui prefeito um ano e pouco”, ressalvou.
Sobre a pesquisa do Ibope que colocou empate técnico entre o prefeito e o Capitão Wagner, o ex-ministro disse estar cheio de esperanças na vitória. Disse que o Sistema Globo – que faz parceria com o Ibope, aparecem de novo para influenciar, mas “já, já nós temos a verdadeira pesquisa: as urnas”.
Ele avaliou o cenário nacional e disse que, se forem avaliadas as três grandes Capitais do País (SP, BH e RJ), o que se viu foi uma espécie de “suicídio coletivo”.
Sobre São Paulo e Rio, lamentou a perspectiva dos resultados e avaliou que elas experimentarão “retrocessos graves”.
Ele qualificou, por exemplo, João Dória (PSDB), que ganhou no primeiro turno, de “playboy descomprometido com a vida do povo”. Lamentou que tenha derrotado um prefeito que é modelo (Fernando Haddad) e disse ainda que “é de chamar a atenção”, porque Dória perdeu para votos nulos, brancos e abstenções”.
Para Ciro, esse quadro é resultado de um “escândalo novelizado” – alusão à Lava Jato, que destruiu “na cabeça do povo a confiança no sistema, o que não é o caso de Fortaleza, que tem opção entre o fascismo e a democracia e a liberdade”, complementou.
(Com colaboração do repórter Rômulo Costa)