• 21 de November de 2024

A discussão ocorreu durante votação da medida provisória (MP) 1.095/2021, que altera os incentivos para indústria petroquímica e favorece a produção de fertilizantes. Glauber iria orientar como deveriam votar os parlamentares do Psol, mas iniciou a fala com a seguinte declaração: “O senhor Arthur Lira, eu queria saber se o senhor não tem vergonha. Gostaria de saber se o senhor não tem vergonha?”. 

Lira cortou o microfone de Glauber, considerou a fala como um desrespeito e o orientou a usar as palavras adequeadas para fazer as suas críticas pessoais. “Faça seus comentários, mas não venha com palavras de baixo calão, porque só falta o senhor chamar qualquer deputado para briga neste plenário”, alertou.

O presidente da Casa disse, ainda, que o deputado do Psol “está exagerando há muito tempo”. Fora do microfone, Glauber alegou ter direito de fala. Lira, por sua vez, não concedeu a palavra. “Eu não vou fazer o carnaval que o deputado Glauber está querendo não. O senhor não está delegado pela liderança, o senhor não tem direito regimental de falar. Não vai tumultuar a sessão sozinho”.

‘É PECADO PERGUNTAR SE O SENHOR NÃO TEM VERGONHA?’

Em outro momento da discussão, Lira ameaçou “usar medidas mais duras para retirá-lo do plenário”. Glauber rebateu: “Acha que vai me tirar desse plenário? Pois não vai me tirar do plenário, pois não tem esse poder para fazê-lo”, questionou.

Segundo Arthur Lira, o Conselho de Ética da Câmara dos Deputados será acionado para avaliar atitudes de quebra de decoro do parlamentar. 

No entanto, ao tomar a palvra na tribuna da Casa, Glauber voltou a criticar Lira. “Está para nascer ainda quem utilizar essa presidência achando que vai calar aquilo que eu tenho a dizer. A pergunta que eu fiz no microfone eu faço novamente: o senhor não tem vergonha não? É pecado perguntar se o senhor não tem vergonha?”, finalizou.

Após a fala, Lira afirmou ter “vergonha de fazer parte do mesmo parlamento” que Glauber. “Por favor, quando vossa excelência use o plenário use sempre com respeito. Vergonha eu tenho de dizer que vossa excelência faz parte desse colegiado. E se puder não ter a sua companhia na próxima legislatura eu ficarei mais feliz”.

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *