A cearense Ana Beatriz, 27 anos, que teve o nome usado pela própria irmã que se passou por ela ao ser presa por um furto em Fortaleza, foi inocentada pela Justiça nesta quinta-feira (4), com assistência jurídica da Defensoria Pública do Ceará.
Há dois meses, Beatriz precisava comprovar com frequência que ainda mora na mesma residência, em Fortaleza, e ficou impedida de viajar para fora do Ceará devido a uma denúncia contra ela por um crime que não cometeu.
Em fevereiro deste ano, a mulher inocente foi surpreendida com uma ligação informando que a irmã, Larissa Rute, havia sido presa por furtar produtos em um supermercado no Bairro Granja Portugal. Durante o flagrante na delegacia, a suspeita, que estava sem documentos, informou o nome da irmã, que nunca teve passagem pela polícia.
Larissa já respondia por outros crimes, mas como se passou pela irmã, inocente, acabou recebendo benefício de ser ré primária, com a condição de cumprir algumas medidas impostas pela Justiça. Desde então, as medidas eram cumpridas pela familiar inocente, que tentava se livrar do processo.
“Ela [Larissa, autora do furto] foi pra audiência de custódia, tem até as imagens dela, usando meu nome, se passando por mim. Quando a juíza autorizou a soltura dela, foi com algumas condições. Uma das defensoras que acompanhou o processo disse que eu tinha que ir imediatamente ao fórum, porque estava correndo o risco de eu ser presa”, relatou Ana Beatriz.
Conforme a defensora Beatriz Fonteles, houve um erro na delegacia ao não verificar a identidade da suspeita de roubo, o que acabou gerando a denúncia contra uma pessoa inocente.
A Controladoria Geral de Disciplina, órgão que investiga a conduta de policiais do Ceará, abriu um processo para investigar o caso.
As informações são do G1 CE.