• 22 de November de 2024

A procuradora Carla Fleury de Souza, da 39° Procuradoria de Justiça de Goiás, criticou a situação salarial dos membros do Ministério Público do estado, em reunião do Conselho do MP goiano nesta segunda-feira. Ela, que recebe cerca de R$ 37 mil, disse ter “dó” dos colegas em início de carreira.

A fala de Carla Fleury foi feita durante 5° Sessão Ordinária do Conselho do Ministério Público goiano, em sessão comandada pelo

Procurador Geral do estado, Cyro Terra Peres. A procuradora criticava o atual salário da categoria e a falta de um reajuste que julgava adequado, tema que já havia sido levantado no encontro.

– Graças a Deus meu marido é independente. Eu não mantenho minha casa. O meu dinheiro é só para fazer minhas vaidades.

Graças a Deus. Só para os meus brincos, minhas pulseiras, meus sapatos.

– disse Carla Fleuray de Souza.

Segundo ela, os ganhos dos profissionais em início de carreira não estariam acompanhando a inflação. No último edital de 2021 para a carreira, foram ofertadas 39 vagas para o cargo de promotor, com salário de R$ 28 mil.

– Mas uma coisa eu falo. Eu tenho dó dos promotores que estão iniciando aqui a carreira. Porque os promotores que têm filhos na escola, que tem que pagar a escola. Porque hoie o custo de vida é muito caro – diz a promotora, antes de concluir – Desculpe se eu me exaltei. Não sou nenhuma oradora, mas eu falei de coração. E quem fala de coração, fala a verdade.

Em nota, o Ministério Público de Goiás disse que se trata “de declaração de cunho pessoal, que não representa o pensamento da instituição”.

Fonte: O Globo

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