Nota de Resposta à Informação Vinculada ao O Sobralense sobre paciente internado em UPA de Granja.
Eu, Marcos Franco, Médico de CRM: 22909, chefe clínico da UPA de Granja. Venho por meio desta responder às queixas de familiar de paciente sobre internação de paciente em unidade de pronto atendimento de Granja.
A reclamação informa que o paciente encontrava-se internado na UPA de Granja há 10 dias e que não havia sido realizado nenhum exame para investigação do quadro patológico do mesmo até o momento e que estava sem melhora.
Em relação ao que foi dito, gostaria de retificar alguns detalhes. O paciente encontra-se há 5 dias internado na UPA de Granja, tendo sido realizados todos os exames necessários e disponíveis no âmbito de uma unidade de pronto atendimento e sendo solicitada sua transferência a hospital de maior porte devido quadro mais sensível que não seria possivel de ser tratado em uma unidade de entrada como uma UPA.
Para melhor elucidação da população sobre como as transferências em uma UPA funcionam, elas se dão através de uma solicitação com as informações do paciente a um orgão, que é a Regulação de Leitos do Estado e o mesmo, com as informações disponíveis, regula o paciente a uma vaga em um hospital de maior suporte para aquela situação apresentada. Após realizada essa regulação, o hospital a qual a solicitação foi enviada deve avaliar a solicitação e baseado em seus leitos e gravidade do paciente, orientar, aceitar ou recusar a solicitação de transferência. Visto todo esse processo, muitas transferências podem demorar para ocorrer, mesmo já estando solicitadas.
Em relação a transferências em Vaga Zero, normalmente elas são realizadas pelo SAMU, após aberta solicitação devido quadro agravado de paciente que não pode esperar pelo processo burocrático das transferências por risco a vida. após avaliação do paciente pela equipe do SAMU, é decidido pela equipe se realizarão ou não a transferência e em caso positivo, transferem o paciente ao hospital de maior porte mais adequado para a situação do paciente.
Quanto aos exames. Em UPAs, que são unidades de entrada e transferência para pacientes, não temos acesso a uma gigantesca gama de exames em comparação a hospitais de nível terciário, como a Santa Casa de Misericordia de Sobral ou o Hospital Regional Norte, contudo há possibilidade de realizações de exames para exclusão de algumas condições e avaliação geral dos pacientes, que no caso discutido, foram todos realizados. Exames mais específicos em casos como esses são realizados após a transferência para hospitais de maior porte.
Visto a situação, venho por meio dessa nota para tentar esclarecer e elucidar a população sobre os processos que ocorrem dentro da unidade de saúde e como eles influenciam de forma geral no aspecto dessa situação específica.