O cenário no Ceará “sinaliza” para uma possível terceira onda de casos da Covid-19 no estado, de acordo com o secretário estadual da Saúde, Marcos Antônio Gadelha. A declaração foi feita nesta terça-feira (4), em entrevista à TV Verdes Mares.
Segundo o secretário, os números atuais ainda não caracterizam um terceira onda de Covid-19 no estado, mas a situação “é preocupante” e os casos da doença podem aumentar de forma súbita.
Para ele, a saída é aumentar a cobertura vacinal e orientar as pessoas que a cumprirem os protocolos sanitários.
“A gente não pode caracterizar, baseados nos números que a gente tem, que a gente está numa terceira onda. Mas que sinaliza para esse risco de poder ter a terceira onda, tendo em vista que está havendo um aumento de casos. Não é possível, baseado nos dados epidemiológicos, a gente afirmar que a gente entrou numa terceira onda. Não é possível. Mas isso sinaliza que existe um risco e esse processo costuma ser súbito. Da noite para o dia a gente pode, exponencialmente, aumentar o número de casos”, alerta o secretário.
Caso haja um nova onda da Covid-19 no Ceará, o estado pode retroceder nas flexibilizações. O assunto deve ser discutido com o comitê da Covid-19.
“A decisão de se fazer isso tem impacto na economia e a economia também gera problema de saúde para as pessoas. Então essa decisão não é uma decisão fácil, e é uma decisão que não pode ser tomada individualmente, precisa ser uma decisão compartilhada com todos esses atores que influenciam no sistema de saúde”, afirma o secretário.
Testagem na população vulnerável
Com o aumento de casos da Covid-19 e o surto de gripe no Ceará, o estado pretende testar pessoas em situação de vulnerabilidade. Idosos que vivem em instituições de longa permanência (abrigos) foram os primeiros a começarem os testes, iniciados nesta segunda-feira (3), segundo Marcos Gadelha.
“Ontem mesmo a gente iniciou um processo de fazer a testagem das ILPIs, que são as instituições de longa permanência de idosos. Porque lá só são idosos e se um idoso adoecer com influenza, todos os outros vão adoecer e você pode ter uma demanda súbita do sistema de saúde. Então, todas as nossas ILPIs, todos os idosos nas ILPIs, vão ser testados tanto para a Covid como para a influenza, porque esse é um grupo de vulnerabilidade.”