PF deve indiciar Bolsonaro e pedir novo inquérito sobre fraudes nas vacinas
Novos desdobramentos nas investigações das supostas fraudes nos cartões de vacinação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ganharam as manchetes da manhã desta quinta-feira, (4). A Polícia Federal cumpre novos mandados de busca e apreensão e, nos próximos passos, deve indiciar o ex-presidente e pedir a abertura de um novo inquérito para apurar o caso.
Bolsonaro deve ser indiciado, além da suposta fraude nas vacinas, pelas acusações de venda ilegal de joias sauditas.
Além do nome do ex-presidente, outras figuras próximas a Bolsonaro também devem ser indiciadas. Dentre elas, o advogado pessoal, Fabio Wajngarten, o ex-advogado da família Bolsonaro, Frederico Wasseff e o ex-ajudante de ordens, Mauro Cid. A Polícia Federal não deverá realizar pedidos de prisão preventiva.
No caso das vacinas, que se desdobra hoje, Bolsonaro já havia recebido um primeiro indiciamento junto de outras 15 pessoas – dentre elas Mauro Cid – em inquérito de conclusão. Na época, a Procuradoria Geral da República, por meio do PGR, Paulo Gonet, pediu um maior aprofundamento das acusações ao Supremo Tribunal Federal. O pedido teria sido concluído e deve ser encaminhado à PGR nos próximos dias.
A investigação atual sobre a fraude nas vacinas teria levado a Polícia Federal a entender que o esquema é maior que o imaginado inicialmente, o que provocaria um pedido de abertura de novo inquérito para tratar do caso.
A solicitação estaria presente no novo relatório do inquérito das vacinas, a ser apresentado pela PF ao STF.
Segundo hipóteses com base nas buscas e investigações, a suspeita é de que o esquema teria mais beneficiários do que apenas Bolsonaro. O ex-presidente teria recorrido a um mecanismo já existente.
Via: O Povo
(Foto: Valter Campanato / Agência Brasil / CP)
