• 24 de November de 2024

Um tratamento relativamente novo, tem sido a aposta promissora de alguns médicos para a cura de alguns tipos específicos de câncer.

A chamada Terapia de Prótons é um tipo de radioterapia que, em vez de fótons (como na terapia de radiação tradicional), usa prótons para destruir tecidos tumorais. E isso salvou a vida da pequena Ahinara, de 7 anos, na Espanha.

A ‘máquina’, como a garotinha se refere, é utilizada em uma unidade da Clínica Universitária de Navarra, com sede em Madri. Essa é uma das poucas instituições no mundo que possuem e oferecem o tratamento.

Tratamento de alta precisão

A Terapia de Prótons ainda é cara, o que dificulta o acesso para a maioria da população mundial.

Hoje existem apenas 107 unidades de terapia de prótons em 20 países e cerca de 37 estão em construção.

O procedimento tem se destacado por possuir alta precisão na atuação contra o tumor.

Além disso, outra grande vantagem, e o motivo que torna este tratamento mais adequado em certos casos, é que este tipo de feixe produz menos danos aos tecidos que estão ao lado e, portanto, menos efeitos colaterais para os pacientes.

“Em tumores localizados no sistema nervoso central, na base do crânio, na região da cabeça, na medula espinhal, ou que estão muito próximos a tecidos que precisam ser preservados, bem como em pacientes que receberam radiação antes, é particularmente importante reduzir a dose de radiação para tecidos saudáveis ao redor do tumor.”

Quem explica é Pablo Menéndez, diretor da Área de Radioterapia do Instituto Angel H. Roffo de Oncologia da Universidade de Buenos Aires, também especialista na terapia.

Ideal para câncer em crianças

Por ser bem menos agressiva do que outras terapias já convencionais, a nova técnica se torna bastante indicada para crianças com determinados tipos de tumor.

“Nesses casos, é essencial minimizar os efeitos colaterais nos tecidos normais porque quando as crianças sobrevivem, e elas sobrevivem maciçamente ao câncer infantil, ficam com sequelas que limitam sua vida a longo prazo”, disse o médico Felipe Calvo, Diretor da Unidade de Terapia de Prótons da Clínica da Universidade de Navarra.

“Dos tumores infantis, a maioria é cerebral e cérebros que foram irradiados com fótons sobrevivem por muito tempo e apresentam problemas neurocognitivos”, acrescenta o médico, que faz parte da equipe que tratou de Ahinara.

Ele lembra que a Terapia de Prótons é menos tóxica, porque minimiza a radiação que atinge os vasos, artérias e o sangue circulante, protegendo o sistema imunológico do paciente.

O câncer da Ahinara era um tipo de sarcoma cerebral raro na Europa, porém, visto com mais frequência na América Latina.

Por ser perfeitamente adequado para a Terapia de Prótons, os médicos indicaram o tratamento da Universidade de Navarra.

Ahinara realizou todo o processo, eliminou o tumor cerebral e comemora o sucesso com a família.

Fonte: Só Notícia Boa

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