Ela alegou que o pedido foi feito em uma momento de desespero, pois estava saturada de investigações sexuais por parte do pastor
A filha biológico da deputada federal Flordelis dos Santos, Simone dos Santos, admitiu ter pagado a irmã, Marzy Teixeira, para assassinar o pastor Anderson do Carmo. Durante o interrogatório nesta sexta-feira, ela alegou que o pedido foi feito em uma momento de desespero, pois estava saturada de investigações sexuais por parte do pastor.
Simone disse não ter elaborado plano algum, mas que deu R$ 5 mil para a irmã auxiliar. “Ele sempre demonstrou (interesse), mas começou a dar a entender em 2012, quando ele começou a pagar meu tratamento. Ele falava para eu olhar para ele com carinho. Disse que se eu não andasse na cartilha dele, ele não pagaria meu tratamento”, afirmou Simone.
A filha da deputada disse já ter visto o pastor se masturbando no pé de sua cama. “Dei R$ 5 mil para Marzy, disse que não aguentava mais. Pedi para ela me ajudar. Disse que estava passando por mais momentos. Não havia um plano. Só estava desesperada. Todos os dias ele subia no meu quarto de manhã e à noite. Mas eu nem acreditava que ela (Marzy) teria coragem de fazer isso de fato. Entreguei a ela o dinheiro e depois não soube de mais nada”, disse, segundo o jornal Extra.
Questionada pela juíza Nearis dos Santos Carvalho Arce, da 3ª Vara Criminal de Niterói, Simone negou que sua mãe soubesse de sua intenção de matar o pastor. Ela também disse que não teve coragem de contar a mãe sobre as investidas do pastor.
“Ele sempre teve segundas, terceiras e quartas intenções comigo. Não tive coragem de contar para a minha mãe. Ela era cega, apaixonada por ele”, afirmou à juíza Nearis dos Santos Carvalho Arce, da 3ª Vara Criminal de Nitóroi, ao ser questionada se a mãe sabia da intenção de assassinar Anderson.
Simone disse que não estava em casa no dia do crime e disse que não participou de outras tentativas de homicídio, mas admitiu que jogou os celulares de Anderson, Flordelis e Flávio dos Santos no mar. A filha da deputada está presa desde agosto de 2020 pelo envolvimento no assassinato.