Depois de décadas de avanços médicos e sanitários que aumentaram a expectativa de vida da população, especialistas em saúde pública alertam para um cenário preocupante: a atual geração de crianças e adolescentes pode viver menos do que seus pais. O motivo principal é o avanço acelerado da obesidade infantil, que vem se manifestando cada vez mais cedo.
Durante séculos, o maior desafio global era a desnutrição. No entanto, esse quadro se inverteu. De acordo com um levantamento do Unicef, enquanto o índice de desnutrição entre crianças caiu de 13% para 9,2% entre 2000 e 2025, os casos de obesidade quase triplicaram no mesmo período — saltando de 3% para 9,4%. Essa inversão histórica atinge tanto países ricos quanto pobres e já preocupa autoridades de saúde em todo o mundo.
O Brasil segue a tendência global. Dados do Ministério da Saúde indicam que, apenas em 2024, mais de 7 milhões de crianças e adolescentes de até 19 anos receberam diagnóstico de obesidade. O quadro reforça o alerta para políticas públicas de prevenção, incentivo à alimentação saudável e combate ao sedentarismo, fatores essenciais para evitar que a próxima geração enfrente uma crise de saúde de grandes proporções.
Com informações da Veja




