Alessandro Stefanutto, ex-presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), foi preso nesta quinta-feira (13) durante nova fase da Operação Sem Desconto, conduzida pela Polícia Federal (PF) e Controladoria-Geral da União (CGU), que investiga descontos irregulares em benefícios de aposentados e pensionistas.
As investigações apontam que Stefanutto recebia até R$ 250 mil mensais em propina, por meio de empresas e até de uma pizzaria, pagos pela Conafer — entidade conveniada com o INSS. As autorizações para descontos eram obtidas de forma fraudulenta, com assinaturas falsificadas e inserção de dados indevidos nos sistemas do INSS. Entre 2017 e 2023, apenas pela Conafer, estima-se que mais de R$ 640 milhões foram desviados. O esquema envolvia falsificação de fichas de filiação e repasses por empresas de fachada.
O ex-ministro da Previdência Ahmed Mohamad Oliveira também é apontado como um dos pilares da fraude, autorizando repasses ilegais à Conafer sem comprovação das filiações exigidas pelo INSS. Segundo a PF, o esquema, incluindo outras entidades, pode ter desviado até R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024, afetando mais de 650 mil benefícios.
Além de Stefanutto, foram presos nesta quinta: Antônio Carlos Antunes Camilo (“Careca do INSS”), André Paulo Felix Fidelis, Virgílio Antônio Ribeiro de Oliveira Filho, Thaisa Hoffmann, Vinícius Ramos da Cruz, Tiago Abraão Ferreira Lopes, Cícero Marcelino de Souza Santos e Samuel Chrisostomo do Bonfim Júnior.
Com informações do G1




