Os Correios buscam captar R$ 10 bilhões em até 15 dias para evitar o agravamento da crise financeira e tentar estabilizar o caixa da estatal. A direção da empresa tenta obter o valor por meio de um empréstimo com garantia da União, após reduzir a meta inicial de R$ 20 bilhões devido ao alto custo cobrado pelos bancos na primeira rodada de negociações.
Dentro do plano de reestruturação, a estatal estuda ampliar o Programa de Demissão Voluntária (PDV), projetando a saída de até 15 mil funcionários, número superior ao inicialmente discutido. A medida faz parte da estratégia para diminuir despesas e aliviar a folha salarial. No último PDV, apenas 3,6 mil empregados aderiram, e a atual gestão avalia que será necessário oferecer condições mais atrativas para alcançar a nova projeção.
A situação financeira da empresa é considerada crítica. Os Correios acumulam R$ 4,3 bilhões em prejuízo em 2025, sendo R$ 2,6 bilhões somente no segundo trimestre. Além disso, um empréstimo anterior de R$ 1,8 bilhão teve aumento de juros após o descumprimento de cláusulas contratuais, gerando um aditivo de R$ 40,5 milhões. A direção já apresentou o plano de reestruturação ao TCU e afirma que a captação emergencial é essencial para pagar dívidas, regularizar entregas e recuperar competitividade.
Com informações da InfoMoney
Foto: Joédson Alves / Agência Brasil




