Uma frentista de Pernambuco pediu desligamento do posto de combustíveis onde trabalhava após relatar pressão para utilizar legging e cropped como uniforme. Segundo o advogado Sérgio da Silva Pessoa, representante do Sindicato dos Empregados em Postos de Combustíveis de Pernambuco, a trabalhadora buscou orientação jurídica “em estado de desespero”.
Inicialmente, a funcionária procurou ajuda por problemas no recolhimento do FGTS. No entanto, durante o atendimento, revelou estar sofrendo assédio moral para aderir ao novo padrão de vestimenta, adotado após uma mudança na gestão do posto em setembro. O advogado afirmou ao G1 que ela considerava o uniforme “vulgar” e se sentia constrangida em utilizá-lo.
A pressão para se enquadrar ao fardamento não afetou apenas a denunciante. Segundo o sindicato, outras funcionárias relataram demissões e constrangimentos relacionados ao novo “padrão corporal” exigido pela empresa. Algumas teriam sido informadas de que não atendiam ao perfil desejado para permanecer no quadro de funcionários.
Com apoio do sindicato, a frentista deu entrada em um pedido de rescisão indireta, quando o trabalhador solicita o desligamento devido a uma falta grave do empregador, mantendo todos os direitos trabalhistas — como férias, 13º salário, FGTS e multa rescisória. Desde outubro, ela está afastada da empresa. Segundo o advogado, sua saúde mental apresentou melhora depois de deixar o ambiente considerado abusivo.
O processo segue em andamento.
Fonte: G1 PE




